29 de novembro – A traição que revelou o amor

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Jesus não diz que é a última ceia com seus discípulos, mas era. Sim, deu algumas dicas, mas não compreenderam.  Estavam os 12 reunidos. Ao lado de Jesus, João, ao lado de João, Pedro. Juntando o que se lê em Lucas 22 e João 13 podemos saber que Judas já havia combinado com sacerdotes e capitães como entregaria Jesus. Porém,  o traidor sentou-se à mesa com os demais. Lucas descreve que há uma certa discussão sobre quem seria o maior entre eles. Talvez nessa hora acontece o que descreveu João: Jesus lava os pés de seus discípulos pra mostrar que o maior é o que serve e não que é servido.

Em certo  momento da celebração pascal Jesus anuncia uma traição. Pedro que era ousado não teve ousadia em um momento tão sério;   cochicha no ouvido daquele que era o mais íntimo e diz: João pergunta você ai quem é que vai trai-lo. João reclina no peito de Jesus e este cochicha no ouvido de seu amado: pra quem eu entregar o pedaço de pão com molho. Como ninguém ouviu somente João, quando Jesus entrega o pedaço a Judas Iscariote lhe diz: faz logo o que tens que fazer. Então todos acharam que Judas como era o tesoureiro da comissão iria apenas sair para comprar algo. Era noite. A última noite de reunião. Na mesma noite Jesus subiu ao monte suou gotas de sangue e em agonia pediu: Pai passa de mim este cálice. Na mesma noite Judas o beijou o beijo da traição e Jesus foi levado para seu martírio. Essa cena é parte da história que Deus escreveu antes da fundação do mundo. História que Deus escreveu para mudar a nossa história. História que revela o seu amor.

 

Carlos Stracci

 

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28 de novembro – O Silêncio de Deus

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Fico pensando nas irmãs de Lázaro mandando avisar Jesus acerca da gravidade da enfermidade de seu irmão; dias antes de sua morte. Depois na angústia, no sentimento de ingratidão e dúvida, pela falta de reposta, pela inércia  por parte de Jesus. Penso nos quatro dias depois de sua morte. A sensação de abandono. Uma mente confusa. Um coração magoado. Uma tristeza por todos os motivos do momento. Quatro dias de lágrimas. Aí de  repente aparece o Mestre. Recebido pelas duas irmãs com uma recepção nada calorosa. Dá pra sentir o peso nas palavras: se você tivesse vindo antes meu irmão não teria morrido. É não teria mesmo, mas Jesus demorou de propósito e esperou Lázaro morrer. Disse que sua morte era para que a glória de Deus se manifestasse; e foi. Tem horas que Jesus demora, mas Ele chega. Tem horas que parece que Ele não liga, ai Ele vem e chora com você. Há momentos que Ele se cala, de repente libera um rio de benção. E sabemos que haverá momentos em que Ele permitirá a aflição e mesmo assim ouviremos uma resposta: há graça e minha graça te é suficiente.

Carlos Stracci

 

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27 de novembro – Não tenha Medo

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Eu era pequeno, 6, 7 anos; minha avó por parte de mãe vez em quando punha-se a contar histórias da roça. Mula sem cabeça. Os aparecimentos de pessoas mortas. O lobisomem. Então,  quando chegava a noite eu suava debaixo do meu cobertor sem conseguir dormir por medo das assombrações. Era terrível. Se quisesse sair do meu quarto para o banheiro tinha que percorrer o “perigosíssimo” corredor onde a qualquer momento o lobisomem,  por exemplo,  pudesse aparecer para me devorar. Fora o risco de, ainda, encontrar a “loira do banheiro” (uma famosa assombração dos anos 70). Eu nessa luta tremenda enfrentando tantos perigos às vezes corria para o quarto do meu pai lhe pedir socorro, mas chegava lá e ele estava dormindo. Como pode com “tantos perigos” pela casa e meu pai dormindo.
Um dia uma tempestade veio sobre o barco de Jesus e seus discípulos. Jesus estava dormindo. Acordam Jesus assustados e, ainda, indelicadamente, acusam Jesus:  “você não se importa? “. Jesus acorda e diz: por que a fé de vocês é tão pequena? O medo nos trava, nos faz ver  fantasmas. Quando na verdade tudo o que precisamos é descansar nos braços do Pai.
– “Por isso não tema, pois estou com você;
não tenha medo, pois sou o seu Deus.
Eu o fortalecerei e o ajudarei;
eu o segurarei
com a minha mão direita vitoriosa” Isaías 41.10.

Carlos Stracci

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26 de novembro – Encontros com Jesus

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Quando penso nos encontros que Jesus tinha com as pessoas; sabe aqueles encontro que ele preparava… não quando as pessoas iam até Ele, mas quando Ele ia até as pessoas. Como fez comigo. Deus e um cara tão comum como eu. Esses encontros me mostra o quanto Jesus foi o exemplo de como devemos nos aproximar das pessoas independente de sua condição. Jesus amou;  seu discípulo deve amar. Aí não se encontra cor, sexo, estado, caído ou em pé;  o resgatado ou o que anda comendo com os porcos. Quando penso nos encontros provocados por Jesus eu penso no quanto Ele nos mostra sobre o respeito. Quando dialogou com a prostituta; o corrupto; o incrédulo;  o, até então, inimigo; o ladrão da cruz. Quando penso nisso, penso o quanto a religião foi no caminho oposto. A separação promovida nas mensagens proveniente de toda espécie de púlpito. “Não ande com o idólatra” ou “Se afaste do homossexual ” ou “evite estar na companhia do beberrão “. Amigo o problema não está na tosse, está na tuberculose.  Jesus andou sim no meio dos piores e isso não fez dele nem um pecador e nem o pior de todos. Ame o pecador e não o pecado. Ser cristão é seguir os passos de Cristo. Difícil?  Sim. Difícil,  mas essencial. Necessário e essencial.

 

Carlos Stracci

 

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25 de novembro – Nascer de novo

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Nicodemos era um rabino judeu, membro do Sinédrio, e um dos homens mais ricos de Jerusalém. Ele sempre é lembrado como “aquele que foi ver Jesus à noite” (Jo 3.2). Talvez por medo.  Talvez vergonha. Talvez estratégia; quem poderá afirmar algo? O que importa é que Ele buscou matar a sua sede com o Mestre. E matou, ainda que a princípio não entendesse o que Jesus queria dizer com “você precisa nascer de novo”. Nicodemos tornou-se um discípulo – ele estava lá na hora do sepultamento do Salvador para ungir seu corpo com “mirra e aloé” (Jo 19.39). Talvez o maior ensinamento (de Jesus)  sobre salvação tenha sido dito a Nicodemos  ( o cara que foi ver Jesus ” à noite”). Você precisa nascer de novo. Jesus foi claro: “ninguém pode ver o Reino de Deus sem nascer de novo” (Jo 3.3). Nascer de novo pelo conteúdo bíblico me faz entender que significa sair da linhagem de Adão  (o caído destinado ao inferno), e entrar na linguagem de Cristo  (que nos predestina ao céu). Uma das passagens que me faz entender isso é Efésios 2: ” Ele vos vivificou, estando vós mortos… andando no curso deste mundo… éramos por natureza filhos da ira… Mas Deus… nos vivificou em Cristo “. Nascer de novo e dizer em seu coração ” sim, eu aceito Jesus como aquele que me tira das trevas para sua maravilhosa luz, meu senhor, meu Salvador. Pode crer.

 

Carlos Stracci

 

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24 de novembro – No meio das trevas, uma boa notícia

02156_orangedays_1920x1080.jpgA queda do homem foi virar as costas para a árvore da vida e desejar se alimentar de outra árvore. A queda não foi consequência como um castigo, mas resultado já avisado com antecedência por Deus.  Portanto, a maldição não foi lançada por Deus como se condenasse o homem; quando Deus diz ” agora a terra é maldita” está declarando uma consequência. O pecado é a rebeldia. A questão não é simplesmente a desobediência, e sim a atitude do homem em querer ser independente. E descobriu por duras penas que sem Deus resta a escuridão da árvore da ciência do bem e do mal. Pecado é recusar-se a estar debaixo de uma autoridade; pura recusa de submissão. Se Deus é luz não posso ser trevas; se Ele é bom não posso ser mal. Acabou a comunhão. Mesmo assim ” Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele
Jo 3.16,17. É isso que significa “Evangelho”: Boa notícia;  boas novas. Boa notícia do céu pra você.

Carlos Stracci

 

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23 de novembro – Deus é um só

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O Deus  do Velho Testamento é o mesmo do Novo?  Essa é fácil.. . Lógico pois “há um só Deus”. Mas por que Deus era tão rígido com suas leis e as vezes até mandava eliminar os povos inimigos?? Bem, as leis era uma forma de dirigir a vida do homem; uma maneira de livrar o homem de encrencas, afinal Deus dirigia o homem do lado de fora, Deus falava ao ouvido do homem. Quanto a eliminar povos inimigos, Deus se vê obrigado a dar sempre a vitoria  a Israel já que era através desse povo, dessa linhagem,  que Deus encarnaria nesse mundo. Lúcifer levantava povos para tentar acabar com Israel e Deus intervia a favor do povo com o qual Ele tinha uma aliança. Note que assim que Jesus vem ao mundo Ele se abre a todas as nações. Ele é Deus de tudo e de todos. E assim que Jesus vence a morte e sobe ao céu não precisaria mais das leis para dirigir a vida do homem; não precisaria mais falar ao ouvido do homem, já que, agora poderia derramar seu Espírito no interior daquele que desejasse recebe-lo. Deus é um. Deus é amor. E Jesus, o Cristo é o único jeito de participar da aliança entre Deus e homens. O único jeito.

Carlos Stracci

 

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22 de novembro – Um dia de cada vez

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Eu chego a achar engraçado as campanhas de início de ano.
 Dá-se nome ao ano que começa:  “ano da colheita”; “O ano da restituição “; e assim vai…12 dias pelos 12 meses… ou pior ainda: “Seu ano será conforme sua oferta”. Aí o ano que é composto  por 365  dias começa e cada dia vai ser vivido. Um de cada vez. Lembra o maná que descia do céu?  Pra quantos dias era o alimento? Pra um dia. E  a oração  do pai nosso,  lembra da parte “O pão  nosso de cada dia “?. E o texto de Lucas 9.23 – “, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”. Não ore “Deus abençoe minha semana” – a não  ser que fale com Deus uma vez por semana. Não ore “Deus abençoe meu mês ”  – a não ser que se relacione com Deus mensalmente. Nossa luta é  diária. Nosso envolvimento  com o Espírito  de Deus  é diária. Nossa história  se constrói  dia a dia. Veja o que diz Mateus 6.34
Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal“. É  isso; simples  assim.

Carlos Stracci

 

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21 de novembro – Saindo do Tanque

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“Betesda deriva de duas palavras da língua hebraica: Beth ou Beit = “Casa” e Chéssed = “bondade, benignidade, misericórdia”.
Significa, portanto, “lugar da misericórdia divina” ou “casa da misericórdia divina”. Jesus passou nesse lugar (Jo 5.1-9). O tanque de Betesda onde havia uma grande multidão de enfermos esperando o movimento das águas; “porque um anjo descia de tempos em tempos e   agitava as águas, e o primeiro que ali descia; depois do movimento das águas, era curado de qualquer enfermidade que tivesse”. Diante de uma grande multidão de enfermos Jesus se compadece de apenas um. É justamente por haver naquele lugar uma grande multidão que Jesus se retira dali (v.13).  Jesus não desejava uma grande demonstração pública nesse lugar nessa época uma vez que seus inimigos tramavam contra ele; sem contar que era sábado. Jesus não podia ser preso antes do tempo certo. Mas parece que não resistiu e acabou curando esse homem uma vez que se compadece por saber que ele já sofria há 38 anos  (v.5 e 6). O que me chama atenção nessa história é o fato desse homem não saber quem era Jesus. Homens enfermos vivendo presos a um ritual, em lugar melancólico em todos os sentidos, porque não conheciam Jesus. Ninguém se manifesta com a presença do mestre. O homem curado nem ao menos conhecia seu nome. Imagino que vida vazia é aquela que nem ao menos ouviu falar de Jesus. Saber que sua luz não atingiu ainda nesse século tantas vidas… vidas presas em “tanques “; presas na falta de esperança. Vidas que simplesmente deixam de ser alvos de um amor gratuito,  imenso e profundo amor de Deus. Pior é conhecer Jesus e continuar no tanque como muitos continuam…

Carlos Stracci

 

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20 de novembro – Sede de Cristo

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Capítulo 4 de João relata quando Jesus passa por Samaria e para no poço conhecido como fonte de Jacó. Chega uma mulher samaritana para tirar água e Jesus pede “dá-me de beber”. A mulher, imagino que de maneira grosseira, responde “como sendo tu judeu pede de beber a mim que sou mulher samaritana  (judeus e samaritanos não se relacionavam). “Ah mulher se você soubesse quem te pede água era você quem pediria… te daria  água viva. Não terias mais sede”. Quando ela passa a ver Jesus não mais como um judeu, mas como aquele que poderia matar sua sede de vida as coisas começam  a mudar. Ela sai e anuncia Jesus como o “possível  Messias ” e logo o mestre estaria cercado por uma multidão de samaritanos, então, fica mais 2 dias dando “água viva” a esse povo. O antes e o depois de Cristo. Sabe o que Muda? Não é  a religião; a religião  não  tem esse poder. Só o Espírito  de  Deus pode. A  diferença  entre  o antes e  o depois está na libertação. A questão  não é mais  “não peco por  causa da religiosidade “, mas “não tenho mais prazer  no pecado, pois matei a minha sede em Cristo “.

 

Carlos Stracci

 

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